Puerto Piramides

     Em nossa passada pela Patagonia Argentina chegamos agora a Puerto Pirámides que é  o único povoado dentro da Península de Valdés, de onde partem embarcações em busca da Baleia França Austral. Aqui na praia existe wifi livre e assim podemos gravar um vídeo ao vivo que roda no Facebook,  clik no texto para ser redirecionado a página do face, motorhome camicleta.


Fiquem com Deus.

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Las Grutas

Por fim a Patagonia Argentina, beira mar, nos concedeu a beleza que encanta seus visitantes. Após ficarmos por três dias em San Antônio do Oeste fazendo um conserto na Cami.

Ao sairmos de Conesa onde recolocamos o eixo cardam que soltou, pegamos a estrada em direção a Puerto Madry, contudo o vento que soprava era tão  forte que soltou o toldo duas vezes e a vibração dentro da casa era muito grande, então resolvemos parar na primeira cidade que cruzassemos onde tentariamos algo para melhorar. Afinal, em algum lugar antes de Puerto Madry poderíamos fazer o conserto. Assim acabamos em San Antonio Oeste.

A entrada do cidade estava em arrumação ,  de qualquer forma é de chão batido, muita poeira, e uma vista que não prometia nada, isso tudo era provação.

No caminho demos carona a dois moradores de Las Grutas, um rapaz jovem e seu enteado, nos disseram que poderíamos achar uma ferreteria em San Antônio Oeste, e que Las Grutas era muito bonita  e turística.  Ao descerem em uma rotonda (rótula por aqui) a Lílian viu que o menino esqueceu  boné branco na mesa ,  parei a Cami e ela devolveu a ele pela janela, que sorrindo dizia muitas graçias, repetidas vezes. Ele gostava daquele boné!

Ao chegar em San Antônio Oeste, logo no inicio da cidade com ruas de chão batido e poeira, avistamos uma ferreteria,  e ali comprei parafuros e umas lâminas de metal que construí, a partir delas, duas segurança para as barras do toldo.

Essa ferreteria (ferragem),  tinha uma porta com um trinco que não fechava direito, já diz o ditado: “casa de ferreiro espeto de pau”,  então você entra e fica ali tentando fechar a porta enquanto o dono fica no balcão  te aguardando. Dentro tinha um pouco de tudo, e lógico, achei o que tinha imaginado, enquanto procurava por uma ferragem. Nesta mesma ferragem comprei quando de partida da cidade, duas tomadas para um amigo brasileiro que solicitou pela Internet.

O dono da ferragem me disse que na mesma rua havia um mecânico que poderia ou arrumar o problema de balanceamento da Cami,  ou indicar quem pudesse. Era intervalo de almoço do comércio, que normalmente vai até umas três horas da tarde. Diante disso a Lílian preparou o almoço ali mesmo, em frente a ferragem. Após comermos deslocamos até a frente da oficina que estava fechada. De um lado a oficina e no lado que paramos uma escola para pessoas especiais. Enquanto esperava abrir a oficina tratei de construir a segurança para o toldo.O sol era muito forte e estava muito quente. Nesse momento é  que você  dá valor ao toldo, e também  mais valor a uma máquina de solda portátil, esmerilhadeira e outras ferramentas. com tudo isso construí a segurança,  que entendo ficou muito boa.

Terminada a construção da segurança do toldo, a oficina mecânica  estava abrindo, falei com o mecânico  que me indicou uma outra oficina que trabalha com tornos e poderia fazer o balanceamento do Cardan da Cami, e lá fomos nós mais a dentro da cidade que passou a mostrar umas ruas com asfalto,  menos poeira, mais comércios ou seja, mais estrutura. Ali depois de conhecer todos, ficamos por três dias em conserto,  devido a outras demandas prioritárias. Fomos muito bem recebidos pelo Fernando proprietário e todos os auxiliares. Ligamos água,  luz, e nesse tempo fizemos outros reparos tipo troca da válvula do freio motor enquanto a Lílian lavou umas roupas e assim passamos esses dias.

Saímos de San Antônio do Oeste com execelente informações de Las Grutas, tanto que estamos aqui agora, a beira de um penhasco que deixa ver o  mar a uns 30 metro abaixo, após uma extensa praia de pedra reta, onde batem as ondas do mar. Nessa parte, lá em baixo foram feitas algumas piscinas nas pedras que ficam cheias de água em razão da maré alta.

O local é  realmente lindo, dizem que as águas são as mais quentes de toda a Argentina em razão de uma corrente marítima proveniente do Brasil.

Fomos até o centro de Las a Grutas onde fomos surpreendidos com shooping, lojas de departamentos,  e tudo que uma cidade turística de pequeno porte tem. Não resistimos ao maior tripancho da Patagonia, de 45 centímetros,  que não medimos, mas repartido satisfez a nós  dois.

Depois de tirar algumas fotos e conversar com um casal de argentinos que estão de motorhome ao nosso lado, e também tem por destino o Ushuaia, jantamos e eu vim postar mais essa estada em nossa viagem pela Argentina.

Vejam as fotos, curtam a página no face,  comentem e dêem uma olhada na rede de apoio aos viajantes que está esperando por você!

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Fiquem com Deus.

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Camicleta guinchada na Patagonia Argentina.

        Ontem caiu a barra maior do Cardan,  que liga direto no diferencial. Dia desses troquei um borracha de proteção do Cardan que havia danificado. A segurança que prende a barra rompeu com o peso e partiu, a barra desceu e bateu diversas vezes no chão, no asfalto, tirando lascas. Paramos após perder velocidadae porque o acostamento tinha desnível. Pelo menos tinha acostamento.
Conseguimos chamar 911, emergência da polícia Argentina,  nos deram o telefone da grua ” guincho”. Agora se veja falando em portunhol com policial da gendameria, para explicar o que quer e onde está. A polícia nos atendeu muito bem, mas naquele lugar não tinham como ir naquele momento, se não conseguisse a grua ligaria novamente para ver o que fazer.
O bom é  que tínhamos pego dois chips de celular e assim conseguimos ligar, no meio do nada, porque não havia nada em lado nenhum até onde a vista pudesse ver.. O sinal fraquinho da claro dessa vez nos socorreu. Estávamos no pampa como chamam por aqui. A uns 15 km de Gen Conesa,  que fica as margem do rio Negro.

      Antes de conseguir ligar passavam veículos mas ninguém parava,  ou melhor um parou. Fiquei a beira da estrada onde cruzavam certamente a mais de 120 km por hora, a pista era bem boa, e pouco movimento, uma carro agora outro daqui alguns minutos. O Diogo parou o carro, um rapaz argentino que ia pescar, acho isso porque havia uma vara de pescar no carro .

    Quando vi que ninguém ia parar resolvi agradecer com reverência,  inclinando o corpo um pouco a frente, com as  mãos coladas ao corpo,  e baixando a cabeça agradecendo. Acho que calei o subconciente do rapaz que já havia passado e retornou. A novela do sinal de celular continuou, então ele anotou o número do guincho e o meu, caso mais a frente conseguisse ligaria ao guincho e nos mandaria uma mensagem para avisar se conseguiu ou não.

  Logo em seguida consegui um sinal de celular que resolveu aparecer dentro da Cami, e falei com guincheiro Roberto, e novamente no fone a tentar explicar onde estávamos foi difícil, mas o Diogo, que ficou de ligar, falou depois com ele por telefone, e explicou a localização. Soube que Diogo ligou porque chegou a mensagem que ficou de mandar. Veio então o Roberto com seu guincho nos apoiar. Primeiro tiramos o Cardan que estava solto, e depois prendemos a Cami por um cambao que trouxemos, “uma mer…..   de cambao” , porque primeiro não  entrava no orifício para prender o suporte, tivemos que cortar o para-choque na estrada, aumentando o buraco e depois se partiu quando fomos socorridos por Harri, um senhor Argentino muito boa praça,  que veio com um caminhão boiadeiro nos guinchar. O cambao não suportou dois metro e se partiu. O cambao foi feito só para aparencias, uma verdadeira mer…..

    O Harri tinha um cambão de verdade e aí sim a Cami foi rebocada até seu galpão a beira do rio Negro, onde foi feito o reparo.

     O Harri e seu filhos, Sebastian  e Hugo, mais a esposa Maria, acabamos conhecendo durante o dia. O Sebastian fazia 19 anos ontem e comprou um veículo antigo e estava muito feliz sonhando em colocar ele em forma. Ele gostam de carros antigos, e os usam no dia a dia.

       A noite depois de todos os contratempos fomos para uma parrilla Argentina, vou dizer que se fosse  no meu Rio Grande do Sul, a mais gaudéria de todas, basta olhar as fotos.

      Conversamos muito, dentro do que foi possível entender, fizemos  novos amigos, e a viagem continua hoje para puerto Madry, onde ainda terei de tentar balancear o Cardan.  Vou colocar a patente na Cami (aqui se chama assim a placa do veículo)  agora pela manhã, logo após postar essa história,   e tomar um café, olhando o rio Negro que corre ao lado de minha janela.

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