A Argentina nos revelou lugares maravilhosos, um povo amigo e acolhedor. Nossa viagem até o fim do mundo foi cheia de emoções, imprevistos e surpresas maravilhosas. Aqui um pouco da nossa viagem em fotos!
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Uruguai com a Camicleta em 2016
Um rápido vídeo preliminar as histórias que temos para constar.
https://www.facebook.com/camicleta/videos/1252174454890236/
Fotos da Bahia e Goias
Puerto Piramides
Las Grutas
Por fim a Patagonia Argentina, beira mar, nos concedeu a beleza que encanta seus visitantes. Após ficarmos por três dias em San Antônio do Oeste fazendo um conserto na Cami.
Ao sairmos de Conesa onde recolocamos o eixo cardam que soltou, pegamos a estrada em direção a Puerto Madry, contudo o vento que soprava era tão forte que soltou o toldo duas vezes e a vibração dentro da casa era muito grande, então resolvemos parar na primeira cidade que cruzassemos onde tentariamos algo para melhorar. Afinal, em algum lugar antes de Puerto Madry poderíamos fazer o conserto. Assim acabamos em San Antonio Oeste.
A entrada do cidade estava em arrumação , de qualquer forma é de chão batido, muita poeira, e uma vista que não prometia nada, isso tudo era provação.
No caminho demos carona a dois moradores de Las Grutas, um rapaz jovem e seu enteado, nos disseram que poderíamos achar uma ferreteria em San Antônio Oeste, e que Las Grutas era muito bonita e turística. Ao descerem em uma rotonda (rótula por aqui) a Lílian viu que o menino esqueceu boné branco na mesa , parei a Cami e ela devolveu a ele pela janela, que sorrindo dizia muitas graçias, repetidas vezes. Ele gostava daquele boné!
Ao chegar em San Antônio Oeste, logo no inicio da cidade com ruas de chão batido e poeira, avistamos uma ferreteria, e ali comprei parafuros e umas lâminas de metal que construí, a partir delas, duas segurança para as barras do toldo.
Essa ferreteria (ferragem), tinha uma porta com um trinco que não fechava direito, já diz o ditado: “casa de ferreiro espeto de pau”, então você entra e fica ali tentando fechar a porta enquanto o dono fica no balcão te aguardando. Dentro tinha um pouco de tudo, e lógico, achei o que tinha imaginado, enquanto procurava por uma ferragem. Nesta mesma ferragem comprei quando de partida da cidade, duas tomadas para um amigo brasileiro que solicitou pela Internet.
O dono da ferragem me disse que na mesma rua havia um mecânico que poderia ou arrumar o problema de balanceamento da Cami, ou indicar quem pudesse. Era intervalo de almoço do comércio, que normalmente vai até umas três horas da tarde. Diante disso a Lílian preparou o almoço ali mesmo, em frente a ferragem. Após comermos deslocamos até a frente da oficina que estava fechada. De um lado a oficina e no lado que paramos uma escola para pessoas especiais. Enquanto esperava abrir a oficina tratei de construir a segurança para o toldo.O sol era muito forte e estava muito quente. Nesse momento é que você dá valor ao toldo, e também mais valor a uma máquina de solda portátil, esmerilhadeira e outras ferramentas. com tudo isso construí a segurança, que entendo ficou muito boa.
Terminada a construção da segurança do toldo, a oficina mecânica estava abrindo, falei com o mecânico que me indicou uma outra oficina que trabalha com tornos e poderia fazer o balanceamento do Cardan da Cami, e lá fomos nós mais a dentro da cidade que passou a mostrar umas ruas com asfalto, menos poeira, mais comércios ou seja, mais estrutura. Ali depois de conhecer todos, ficamos por três dias em conserto, devido a outras demandas prioritárias. Fomos muito bem recebidos pelo Fernando proprietário e todos os auxiliares. Ligamos água, luz, e nesse tempo fizemos outros reparos tipo troca da válvula do freio motor enquanto a Lílian lavou umas roupas e assim passamos esses dias.
Saímos de San Antônio do Oeste com execelente informações de Las Grutas, tanto que estamos aqui agora, a beira de um penhasco que deixa ver o mar a uns 30 metro abaixo, após uma extensa praia de pedra reta, onde batem as ondas do mar. Nessa parte, lá em baixo foram feitas algumas piscinas nas pedras que ficam cheias de água em razão da maré alta.
O local é realmente lindo, dizem que as águas são as mais quentes de toda a Argentina em razão de uma corrente marítima proveniente do Brasil.
Fomos até o centro de Las a Grutas onde fomos surpreendidos com shooping, lojas de departamentos, e tudo que uma cidade turística de pequeno porte tem. Não resistimos ao maior tripancho da Patagonia, de 45 centímetros, que não medimos, mas repartido satisfez a nós dois.
Depois de tirar algumas fotos e conversar com um casal de argentinos que estão de motorhome ao nosso lado, e também tem por destino o Ushuaia, jantamos e eu vim postar mais essa estada em nossa viagem pela Argentina.
Vejam as fotos, curtam a página no face, comentem e dêem uma olhada na rede de apoio aos viajantes que está esperando por você!
Fiquem com Deus.
Camicleta guinchada na Patagonia Argentina.
Ontem caiu a barra maior do Cardan, que liga direto no diferencial. Dia desses troquei um borracha de proteção do Cardan que havia danificado. A segurança que prende a barra rompeu com o peso e partiu, a barra desceu e bateu diversas vezes no chão, no asfalto, tirando lascas. Paramos após perder velocidadae porque o acostamento tinha desnível. Pelo menos tinha acostamento.
Conseguimos chamar 911, emergência da polícia Argentina, nos deram o telefone da grua ” guincho”. Agora se veja falando em portunhol com policial da gendameria, para explicar o que quer e onde está. A polícia nos atendeu muito bem, mas naquele lugar não tinham como ir naquele momento, se não conseguisse a grua ligaria novamente para ver o que fazer.
O bom é que tínhamos pego dois chips de celular e assim conseguimos ligar, no meio do nada, porque não havia nada em lado nenhum até onde a vista pudesse ver.. O sinal fraquinho da claro dessa vez nos socorreu. Estávamos no pampa como chamam por aqui. A uns 15 km de Gen Conesa, que fica as margem do rio Negro.
Antes de conseguir ligar passavam veículos mas ninguém parava, ou melhor um parou. Fiquei a beira da estrada onde cruzavam certamente a mais de 120 km por hora, a pista era bem boa, e pouco movimento, uma carro agora outro daqui alguns minutos. O Diogo parou o carro, um rapaz argentino que ia pescar, acho isso porque havia uma vara de pescar no carro .
Quando vi que ninguém ia parar resolvi agradecer com reverência, inclinando o corpo um pouco a frente, com as mãos coladas ao corpo, e baixando a cabeça agradecendo. Acho que calei o subconciente do rapaz que já havia passado e retornou. A novela do sinal de celular continuou, então ele anotou o número do guincho e o meu, caso mais a frente conseguisse ligaria ao guincho e nos mandaria uma mensagem para avisar se conseguiu ou não.
Logo em seguida consegui um sinal de celular que resolveu aparecer dentro da Cami, e falei com guincheiro Roberto, e novamente no fone a tentar explicar onde estávamos foi difícil, mas o Diogo, que ficou de ligar, falou depois com ele por telefone, e explicou a localização. Soube que Diogo ligou porque chegou a mensagem que ficou de mandar. Veio então o Roberto com seu guincho nos apoiar. Primeiro tiramos o Cardan que estava solto, e depois prendemos a Cami por um cambao que trouxemos, “uma mer….. de cambao” , porque primeiro não entrava no orifício para prender o suporte, tivemos que cortar o para-choque na estrada, aumentando o buraco e depois se partiu quando fomos socorridos por Harri, um senhor Argentino muito boa praça, que veio com um caminhão boiadeiro nos guinchar. O cambao não suportou dois metro e se partiu. O cambao foi feito só para aparencias, uma verdadeira mer…..
O Harri tinha um cambão de verdade e aí sim a Cami foi rebocada até seu galpão a beira do rio Negro, onde foi feito o reparo.
O Harri e seu filhos, Sebastian e Hugo, mais a esposa Maria, acabamos conhecendo durante o dia. O Sebastian fazia 19 anos ontem e comprou um veículo antigo e estava muito feliz sonhando em colocar ele em forma. Ele gostam de carros antigos, e os usam no dia a dia.
A noite depois de todos os contratempos fomos para uma parrilla Argentina, vou dizer que se fosse no meu Rio Grande do Sul, a mais gaudéria de todas, basta olhar as fotos.
Conversamos muito, dentro do que foi possível entender, fizemos novos amigos, e a viagem continua hoje para puerto Madry, onde ainda terei de tentar balancear o Cardan. Vou colocar a patente na Cami (aqui se chama assim a placa do veículo) agora pela manhã, logo após postar essa história, e tomar um café, olhando o rio Negro que corre ao lado de minha janela.
Primeiros dias dentro do Uruguai
Bom dia amigos e amigas da Camicleta.
Para aqueles que além do site Camicleta nos acompanham no Facebook ( motorhome camicleta ), sabem que estamos agora viajando pelo Uruguai. Entramos neste país vizinho por Acegua, e lá demos entrada formal no País. Não houve burocracia, pediram nossos documentos, demos o passaporte, preenchemos uma ficha, mostrei a carteira de habilitação e carta verde. Essa um caso a parte, porque em Acegua não queriam fazer para motorhome, até que depois de insistência e telefonemas com a agência que fica em Bagé, autorizaram a emissão.
Como chegamos em Acegua pela tarde e não conseguimos logo a carta verde, dormimos na rua em frente no posto Ipiranga, numa rua em frente que ainda fica no lado brasileiro, porque Aceguá , Br, faz fronteira naquele ponto com o Uruguai, na cidade de Acegua, Uy.
No outro dia seguimos destino paro o Uruguai, já pela tarde, uma vez que fizemos a CV (carta verde), colocamos um bujão de gás novo, fizemos um pequeno rancho.
Logo na frente demos carona a dois estudantes brasileiros que foram a Montevideu. Na estrada quando começou a chegar a tardinha resolvemos parar para dormir no primeiro lugarejo que passamos. Até esse momento já havíamos passado por Melo que fica bem próximo, pela pequena cidade de Treinta y Tres, onde compromas um chip movistar para acessar internet. A cidade por sinal é muito organizada e bonita, com suas construções antigas, e tem uma bela praça central.
O local que paramos na rota 8, de nome Mariscala é bem concorrido a noite por camioneiros, que ficam ali pernoitando. Neste local ficamos em frente ao comércio “Al Paso” onde a noite comemos uma “assado de tiras”, com batatinhas.
A noite muito tranquila, embora na beira da estrada não passaram muitos carros. Pela manhã após o café e o tradicional chimarrão, seguimos em frente até a próxima cidade onde paramos para almoçar, aí que conhecemos Minas no Uruguai. Um lugar com parques e cidade antiga. Fomos para o parque RODO onde a Lilian preparou nosso almoço.
Após seguimos do parque até o camping Arequita que fica ao pé do monte Arequita, aida em Minas. Ficamos uma noite ali, muitas famílias acampavam com barracas e faziam fogo de chão onde assava seus churrascos.
Acima uma família que acampava.
Acima nosso acampamento. Uma Patrícia bem gelada, uns picadinhos e depois dormir.
Amanhãceu o dia e fomos para a caminhada.
Olha a altura do monte.
Seguimos em frente.
Chegamos ao topo, após uma caminhada por dentro da mata, que é bem limpa e tranquila embora não tivesse marcações do caminho.
Em cima tudo vale muito, a vista e demais.
Fica essa dica de passando pela rota 8, no Uruguai, uma paradinha em Minas, que além de outros campings, oferece atrativos naturais e parques.
De Minas seguimos para Punta Del Est, que fica para a próxima postagem.
Não esqueçam de dar uma olhadinha na Rede de Apoio ao Viajante, que criei para auxiliar os viajantes que forem voluntários.
Fiquem com DEUS e até a próxima!
DE BAGE PARA ACEGUA
Boa tarde amigos e amigas da Cami.
Hoje dia 5 de novembro de 2016, saímos do Parque do Gaúcho em Bage para a cidade de Aceguá, Br, que faz fronteira com a cidade de Acegua no Uruguai.
A distância é de uns 60 km, até que é pertinho, a paisagem são as pastagens de gado durante o caminho que é plano e asfaltado.
Lá em Acegua tem alguns free shopping, mas temos que ser como sempre muito honestos, vale ir para dizer que conhece ou se estiver perto como é o caso, comprar um queijo, vinhos ou algo assim, porque a cidade não oferece nada mais, pelo menos durante o dia. As mercadorias do ramos de eletrônicos é muito fraca, nada de lançamentos, ou sofisticado.
Apenas uma rua, Acegua no Uruguai, com quatro ou cinco lojas pequenas, nada comparado a Riviera ou Chuy, menor ainda que Rio Branco que divisa com Jaguarão, resta apenas Aceguá no RS, que ainda reserva algumas lojas, bancos, restaurantes , formando uma pequena comunidade.