Nossa viagem pelo Brasil continua e agora estamos no Jalapão, no mês de novembro do ano de 2019, nossa incursão por essa terra esta sendo uma das maiores aventuras que fizemos. O local é extremamente inóspito, acesso somente com veículos tracionados, por isso deixamos nosso motorhome “Camicleta” na Cidade de Palmas capital do Estado de Tocantins, e dali fossemos com nosso veículo de apoio que é tracionado, durante dez dias cruzamos o Jalapão usando uma pequena barraca como acampamento, em vários locais do Sertão, e noite de medo, porque ali o animal que reina não é o homem, mas a Onça (Jaguar).
Temos muitas histórias para contar mas nesse momento falamos do Capim Dourado que é uma relíquia da região e fonte de renda de muitas pessoas locais. O capim dourado também chamado de ouro do Jalapão é uma espécie de sempre-viva da família Eriocaulaceae (Syngonanthus nitens Ruhland), ele nasce em campos molhados em diversas regiões do cerrado Brasileiro, mas somente no Jalapão adquire uma cor brilhante feito ouro, o que faz com que seja extremamente importante para as famílias da comunidade Mumbuca onde é comercializado, a cidade mais próxima de Mumbuca é Mateiros. Nossa intenção foi encontrar uma família que vivesse exclusivamente do artesanato do capim dourado e assim conhecemos a Jane, uma mulher de garra do Sertão Brasileiro, ela e sua família construíram uma sólida união em torno da produção de artigos com capim dourado, e nós compartilhamos alguns momentos com essa acolhedora família.
Ao chegarmos na Cidade de Mateiros, após cruzarmos toda extensão de areia que divide o acesso asfaltado que chega até Ponte Alta, TO, por uma caminho arenoso por mais de 160 km onde somente passam veículos 4×4, procuramos abrigo para montar nossa barraca, ali ficamos também com amigos que fizemos e que será uma das histórias que contaremos sobre o Jalapão, ficamos uns dias e após recebermos informações nos dirigimos a comunidade Mumbuca.
A comunidade Mumbuca é difícil de achar até no Google Maps, mas nessas coordenadas se chega na Barraca da Jane ( -10.356142,-46.508813 ). Nossa história começa ali, ao chegar na conhecida Barra da Jane, onde se divulga ter o capim dourado mais barato do Jalapão, o que faz também que haja uma certa animosidade de outros artesões. Percorremos todas o local e notamos que ali existe uma disposição de atender o turista de forma diferenciada.
Chegamos e contamos nossa história para a Jane e propomos fazer um vídeo mostrando sua Tenda e seus artesanatos em troca de um local para armar nosso acampamento. Existe um bom motivo para isso, é que o Jalapão é um Sertão que ainda tem Onça (jaguar) solta na natureza e ficar perto de um local de pessoas é pura segurança.
Ela muito cordial, como vocês poderão ver no vídeo, nos acolheu e imediatamente ao dizermos que iríamos filmar foi ligeiro se preparar, voltou com muita elegância e um tanto nervosa, mas de um determinação surpreendente. Mulher de fala mansa, que mede muito bem as palavras e por isso se expressa também de forma muito clara foi explicando a medida que filmamos como é que se desenvolve o cultivo e a produção do Artesanato de Capim Dourado.
Mostraremos a barraca antiga onde foi filmamos este episódio, mas também o local onde foi construída a nova residência da família, exclusivamente do comercio do capim dourado bem como a sua nova barraca, que está nas coordenadas que postamos acima neste texto.
Durante o dia fizemos estas visitas e fomos conhecer um fervedouro que fica na propriedade, tomamos banho , mas não podemos fazer fotos pois era um local particular e que eles eram caseiros. Outros fervedouros conheceremos em outros episódios do Jalapão. Por isso peço que se inscrevam no nosso site e sigam nosso novo canal de vídeos “Viajantes”
Bom, Povo da Camicleta, curtam nosso vídeo, mas não esqueçam de interagir conosco, só assim saberemos que estamos contribuindo com vocês e isso é só o que importa!
ORIOM e LÍLIAN – Viajantes
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